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Conheça o melhor e mais completo guia de intercâmbio na China!

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O intercâmbio na China é uma oportunidade para estudar em uma boa universidade fora do país e ainda enriquecer sua vivência cultural.

Os vários incentivos ao ensino e à pesquisa têm feito das universidades chinesas as melhores do mundo. Por isso, o intercâmbio na China pode ser uma experiência culturalmente rica, além de te ajudar a treinar o mandarim e ainda dar aquele “up” no currículo.

Nos anos 1990, o governo da China criou o “Projeto 211”, voltado a elevar os padrões das principais universidades. A receptividade aos estrangeiros vem de programas de bolsas como o Chinese School Council, em que mais de 200 universidades fazem parte.

Algumas faculdades, ainda, contam com atividades de recepção aos novos estudantes. Dessa forma, os locais prestam mentoria aos estrangeiros, apresentando os locais da faculdade. 

Portanto, decidimos mostrar um pouco sobre como o intercâmbio funciona na China e quais são suas vantagens. Vamos lá?

Vantagens de fazer faculdade na China

Além de ser um reforço para praticar o mandarim — idioma mais falado por nativos no mundo — o intercâmbio na China é uma oportunidade para conhecer uma das civilizações mais antigas do planeta. Você já vai conhecer as principais vantagens.

O custo de vida não é alto

Embora seja uma das maiores economias do mundo e o país mais populoso do planeta, o custo de vida na China não está entre os mais altos. Existem vários outros países muito visitados com preços bem mais salgados.

Um país que tem custos parecidos é o Brasil, com várias cidades compatíveis com o custo de vida chinês. Isso significa que, se você está acostumado a viver nas grandes cidades daqui, talvez não tenha muitas dificuldades para se adaptar à China.

A iniciativa Nomad List, voltada a comparar os preços e a qualidade de vida de vários países, aponta que o custo de vida de São Paulo e Rio de Janeiro ultrapassa, em dólares, o de várias cidades chinesas. Por exemplo, Chengdu, Changzhou, Huizhou e Guiyang.

Educação de primeira

Você sabia que várias das universidades chinesas aparecem entre as melhores do mundo no QS World University Rankings? A Universidade de Tsinghua e a Universidade de Pequim estão entre as 22 primeiras e as posições têm crescido ao longo dos anos.

Assim, a diferença entre a produção de pesquisa chinesa e norte-americana também tem se tornado pequena. As faculdades vêm se modernizando e os estudantes pintam entre os que mais desfrutam desse crescimento recente.

A China, ainda, lidera os rankings de universidade dos BRICS, com suas instituições se destacando internacionalmente. Entre as 50 melhores do agrupamento de países, a China conta com 23 instituições.

Possível mercado de trabalho

Trabalhar na China e fincar raízes no país não deixa de ser uma possibilidade para os estudantes. Depois da década de 1970, o país dedicou a política a trazer investimentos de fora e conseguiu quintuplicar o PIB nos anos 1990.

O país virou o principal alvo de crescimento para as empresas de fora e chegou a uma taxa de crescimento de 10% ao ano. As oportunidades variam, já que o país se destaca na mineração, na pecuária, na indústria e nos produtos agrícolas.

Assim, sua economia está bem estruturada no cenário mundial, sendo compatível com a dos principais países desenvolvidos. Alguns analistas acreditam que o país vai se tornar a maior economia do mundo até 2028.

Tendência em alta

Estudar na China é uma tendência que está em expansão. Isso porque tem a terceira maior população de estudantes estrangeiros, se tornando cada vez mais um objetivo para os alunos de fora. O crescimento é rápido, ultrapassando a maior parte dos destinos de intercâmbio.

Hoje, o país segue um caminho de receptividade aos estrangeiros, investindo fortemente em abrir as portas e atrair estudantes de fora. Isso, por meio de bolsas de estudo bem vantajosas.

Assim, as oportunidades têm feito até com que as faculdades privadas daqui façam parceria com as universidades chinesas. Isso é principalmente impulsionado pelos gastos do próprio governo na modernização da infraestrutura das instituições.

Oportunidades na carreira

As oportunidades não surgem apenas na China, como também por aqui. Isso porque o país é o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009, graças ao chamado “boom de commodities”. Matérias como o petróleo, o minério de ferro e a soja protagonizam a presença chinesa por aqui.

Já imaginou as oportunidades que podem se abrir para um estudante formado na China e com conhecimento do idioma? Mas o país não lidera apenas a compra dessas matérias-primas e aparece também em outros setores.

Por exemplo, açúcar, celulose, carne de frango e de boi. Algumas empresas brasileiras também se aventuram no e-commerce do país, sendo o maior do mundo. Você provavelmente conhece alguém que usufrui das compras online do país graças aos preços baixos.

Passo a passo para fazer um intercâmbio na China

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Os pré-requisitos para conseguir as bolsas e fazer intercâmbio na China variam de acordo com a universidade. Alguns editais, por exemplo, colocam limite de idade — fazendo com que seja preciso analisar bem as regras. A gente explica como tudo funciona nos próximos tópicos.

Definir o que vai estudar

As faculdades chinesas tem uma oferta de cursos bem ampla e o sistema de ensino não é tão diferente do daqui. Você pode se formar em instituições públicas ou privadas e estudar bacharelado, mestrado e doutorado.

Assim como existe o MEC aqui, a China conta com o MOE, o Ministério da Educação chinês. O modelo é ocidentalizado, tornando um destino atraente também para os estudantes não asiáticos. Os bacharelados têm quatro anos.

Com o diploma em mãos, você pode apostar nos mestrados, divididos em duas categorias: baseado em pesquisa e baseado em curso. Embora existam diferenças no idioma, sua duração é similar ao mestrado tupiniquim, sendo concluído em dois anos.

Pesquisar o curso

Na hora de refletir sobre o curso, vale fazer várias pesquisas. Procure:

  • entender seu perfil;
  • fazer testes vocacionais;
  • conhecer pessoas que se formaram;
  • dar uma olhada no mercado de trabalho; 
  • e ler a grade curricular.

Você pode conhecer um pouco da reputação das instituições pesquisando sobre elas. A Universidade de Shanghai Jiao Tong, por exemplo, está entre as primeiras posições do ranking ARWU e tem mais de 120 anos de existência — sendo recomendada para os estudantes que querem se formar em alguma área da ciência.

Já a Universidade de Fudan é uma das mais tradicionais e também aparece no topo do mesmo ranking. Essa já tem um histórico receptivo aos estrangeiros, recebendo alunos de fora desde os anos 1950.

Entrar em contato com a faculdade

Falar com faculdade é essencial para entender melhor questões internas, contudo, embora algumas universidades ofereçam seus cursos em inglês, o ideal é conhecer um pouco do idioma local. O mandarim é o idioma oficial do país e se tornou assim para conciliar as diferenças linguísticas entre os habitantes do país.

Fique calmo! O caminho para aprender mandarim não é muito complicado. Um primeiro passo é aprender a escrever os ideogramas com letras latinas, um processo de aprendizado que os próprios chineses utilizam.

Aqui, vale fazer uma diferenciação. O idioma chinês é um termo que também usamos para se referir ao mandarim, mas não apenas a ele. Isso porque há inúmeras línguas na China e o “chinês” é uma forma de falar de todas elas.

Ter certificado HSK

Se você já pesquisou sobre o aprendizado de idiomas como o inglês, talvez já tenha ouvido falar da prova de proficiência TOEFL. Mas você sabia que existe uma avaliação parecida na China? É o teste oficial de chinês HSK.

Assim, ele avalia o conhecimento das pessoas não nativas em chinês e é reconhecido pelo próprio governo do país. A avaliação conta com alguns níveis, do “1” ao “6”. Os números mais altos indicam um nível mais avançado. A vantagem é que você pode ser avaliado aqui no Brasil.

O teste também se atualiza e, um novo HSK tem sido preparado para os próximos anos. Dessa vez, outras habilidades são avaliadas e a proficiência é avaliada em um nível um pouco mais abrangente.

Fazer a prova da faculdade

Essa etapa varia de acordo com as formas de admissão da faculdade. Geralmente, você vai precisar preencher um formulário e enviar os documentos — nesse caso, a análise é feita por meio do histórico escolar.

Outras instituições exigem o “personal statement”: uma redação em que o candidato se apresenta, mostra quem é e por que deveria ser aprovado. Às vezes, pode ser acompanhada por uma carta de recomendação escrita por professores.

Para os chineses, o método de aprovação é o Gaokao, uma espécie de Enem do país. É considerado o maior vestibular do mundo e os alunos são distribuídos nas faculdades de acordo com as classificações.

Conseguir bolsas

Lembra do Chinese Scolarship Council que citamos no início do texto? Então, a instituição é voltada a fornecer assistência tanto para os cidadãos chineses que querem estudar fora, quanto para estrangeiros que querem entrar no país.

Assim, os estudantes interessados em fazer intercâmbio na China precisam ter fluência comprovada em inglês ou mandarim, dependendo do edital do curso. Outro programa que oferece bolsas é o Schwarzman Scholars. Mas dessa vez, é voltada ao mestrado na Universidade de Tsinghua.

Essa pós é mais curta, com duração de um ano. Por fim, ainda existe o TOP China, um programa de intercâmbio do Santander Universidades. Assim, o programa reúne universitários e professores para realizar troca de experiências entre os países.

Buscar visto para estudante

Para quem quer participar apenas de cursos rápidos ou passar poucos dias na China, não é necessário visto. Em uma permanência de até seis meses, o “visto L” é concedido. Geralmente, mais adequado para quem quer passar apenas uma temporada no país.

Mas, o estudo em uma faculdade conta com algumas opções de documentação. O “visto X1” tem como finalidade os estudos e é específico para quem quer passar mais de 180 dias na China. Assim, exige um passaporte com validade de seis meses, bem como o preenchimento de um formulário que você pode encontrar no site do consulado.

Ainda assim, é preciso comprovar que você é estudante, certo? Nesse caso, você também vai precisar apresentar a carta de admissão de alguma instituição da China. Para quem vai ficar menos de 180 dias, o “visto X2” é o mais indicado.

Traduzir documentos

Já reparou em como a China é um país linguisticamente rico? Os ideogramas chineses são exemplos, servindo como o sistema de escrita para os vários dialetos. Ter isso em mente é importante, já que os documentos podem exigir uma tradução, como no caso do histórico escolar.

Aqui, vale reparar se o departamento de admissão exige uma tradução juramentada. O que isso significa? Na prática, é quando o processo é feito por um tradutor público, refletindo de forma oficial o conteúdo e tendo o valor de um novo documento.

Nesses casos, só um profissional juramentado poderia fazer o serviço. Outras, podem exigir uma tradução não necessariamente juramentada, mas habilitada. Se esse for o caso, apenas tradutores certificados com HSK, por exemplo, poderiam traduzir as informações.

Decidir acomodação

Existem vários tipos de acomodação para estudantes na China, indo desde os apartamentos particulares até os residenciais no campus. Aqui, os dormitórios acadêmicos costumam ser as opções mais econômicas e há vários voltados especificamente para estrangeiros.

Em algumas instituições, ainda é possível escolher entre quartos compartilhados ou individuais. Mas as estruturas não costumam contar com cozinhas, por exemplo, tendo a alimentação feita em grandes refeitórios. Porém, caso você queira seu próprio espaço, os apartamentos particulares sempre são uma opção.

Aqui, você pode fazer uma busca pelos aluguéis mais em conta. Por ser um país bem grande, os valores variam muito de acordo com a região. Embora os apartamentos sejam uma possibilidade de contar com mais privacidade, os dormitórios promovem a interação com pessoas de várias partes do mundo.

Seguro de Saúde

O sistema de saúde chinês tem serviços públicos e privados, com uma certa cobertura para a população. Alguns serviços não são pagos pelo governo diretamente, mas reembolsados por meio de um programa de seguro médico.

Mas os gastos particulares, como em boa parte dos países, costumam ser caros. Por isso, vale pesquisar a possibilidade de apostar em um seguro de saúde com uma boa cobertura ao fazer intercâmbio na China. Outra possibilidade é a de investir em planos de seguro viagem, já que costumam contar com assistência em português.

Ainda assim, procure analisar bem as opções, principalmente após definir a localização. Isso porque os seguros só atendem em redes credenciadas.

O que você vai encontrar pela China?

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Você sabia que uma a cada cinco pessoas no mundo está na China? Mas o que será que um país tão populoso reserva para os estrangeiros? Você já vai descobrir.

Riqueza espiritual

Os chineses foram muito influenciados por três doutrinas: taoísmo, confucionismo e budismo, nascidas há mais de 20 séculos. Cada uma faz parte de uma mistura espiritual chamada de “religião tradicional chinesa”. Você provavelmente conhece algumas versões ocidentalizadas dessas crenças.

Por exemplo, o nome “Kung-Fu-Tzu” foi latinizado como Confúcio, o filósofo chinês que deu origem a boa parte dessas crenças. Mas, a cultura espiritual chinesa vai além e conta até com um horóscopo próprio, com ciclos que se fecham a cada 12 anos.

Alguns conceitos da cultura espiritual do país fazem sucesso por aqui. Por exemplo, o Feng Shui, estudando forças cósmicas como o qi. Uma ideia do taoísmo com a qual você talvez já tenha se deparado é o yin yang, representando a dualidade das coisas que existem no universo.

Paisagens e atrações surreais

Você sabia que as atrações chinesas são as terceiras mais visitadas do mundo? Apesar do sucesso do intercâmbio na China voltado aos estudos, boa parte das viagens tem como único propósito o turismo. Isso porque algumas das paisagens mais famosas do mundo estão por lá.

Por exemplo, a Grande Muralha, construída na antiguidade para proteger o território chinês de invasores e sendo considerada um Patrimônio Mundial da Unesco. Outra riqueza histórica do país é o Exército de Terracota, uma série de estátuas antigas do exército do imperador Qin Shi Huang, descobertas apenas nos anos 1970.

A escavação arqueológica é feita no local até hoje. Mas você ainda pode conhecer outras paisagens que parecem sair dos filmes de ficção. Por exemplo:

  • o Lago das Cinco Flores;
  • as Montanhas Arco-Íris;
  • Montanhas “Aleluia”;
  • os campos de arroz Yuanyang e por aí vai.

Cultura e costumes diferentes

Você sabia que é proibido deixar a cama desarrumada no dormitório de algumas faculdades chinesas? Ou que o país é o lar dos pandas-gigantes? A nação mais populosa do planeta conta com cultura e costumes bem diferentes daqui e, o intercâmbio na China é uma oportunidade de entrar em contato com essa riqueza.

Por exemplo, conhecendo o maior palácio do mundo: a “Cidade Proibida”, um conjunto de prédios que serviu como residência para o imperador por quase 200 anos. Não é só de riquezas antigas que o país está bem. A maior rede de metrô e trem do mundo se localiza lá.

A extensão é grande o suficiente a ponto da soma de todos os outros sistemas de trilhos não baterem suas proporções. Você também pode chamar o país de lar dos cogumelos: mais de 60% de todas as espécies disponíveis estão na China.

Culinária de dar água na boca

Quem nunca pediu um delivery de comida chinesa? Fazer intercâmbio na China é uma oportunidade de entrar em contato com uma culinária rica que contrasta as cores, os aromas e os sabores. 

Por isso, você pode se deparar com ingredientes doces e salgados no mesmo prato. No norte do país, você talvez se depare com muitas massas e frituras, enquanto o sul aposta em iguarias mais exóticas.

Alguns também fazem sucesso por aqui. Por exemplo, o frango xadrez, o yakissoba chinês, o chop suey e o lamen chinês. O último é o que popularizou os macarrões instantâneos que muita gente come por aqui, enquanto os yakissobas fizeram sucesso graças aos restaurantes que fazem entregas em embalagens de box de papel.

Entre os principais ingredientes, você pode encontrar a soja, o tofu, o arroz, os cogumelos e os peixes. Por ser um país com uma agricultura forte, boa parte dos itens são frutos da própria atividade econômica do país.

Superstições e hábitos curiosos

O que o número “4” significa para você? Na numerologia, significa a manifestação da razão. No livro “O Homem que Calculava”, significa um problema matemático: segundo o matemático fictício Beremiz Samir, é possível chegar a qualquer número usando quatro quatros.

Mas no mundo das superstições chinesas, seu significado é outro. O número representa o azar, já que tem uma pronúncia similar à palavra “morte”. Ainda assim, o “4” não é o único a protagonizar as crenças chinesas. O “8”, por exemplo, é um número bem-vindo e costuma simbolizar coisas boas.

Você também pode ver costumes curiosos além dos números. É um mau hábito abrir um presente na frente de quem deu e sua entrega é feita com as duas mãos. A ideia é que quem receba não pareça demonstrar ganância e algumas recusas por educação podem acontecer.

Um país enorme

Você sabia que a China é o terceiro maior país do mundo? Fica apenas atrás da Rússia e do Canadá. Mais de 60% de seu território é feito de planícies, montanhas e colinas, com várias cordilheiras.

O intercâmbio na China tem pintado entre as opções para estudos no mundo todo e a busca tende a aumentar. Isso porque o desenvolvimento econômico do país tem dado margem para o investimento em educação e as bolsas universitárias para estrangeiros têm mostrado isso.

Já imaginou conhecer de perto o idioma mais falado por nativos no mundo? Estar com o mandarim afiado é uma forma de aproveitar a chance de fazer faculdade em uma boa universidade fora do país e ainda incrementar seu currículo.

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再见!

Kenji Takada 高田

Professor de mandarim com mais de oito anos de experiência. Graduado em Letras (bacharelado e licenciatura) pela UNESP.

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