|

Escrita chinesa para o HSK1: Por onde começar?

Deixa eu adivinhar? Você começou a estudar chinês agora e deve estar se perguntando como vai conseguir memorizar tantos ideogramas e se um dia será capaz de ler um texto em chinês, certo? Eu entendo perfeitamente! Quando comecei meus estudos, olhava para aquele monte de traços da escrita chinesa e pensava: “Meu Deus, isso é impossível para mim!” ou “Qual o sentido disso tudo?”

A verdade é que os ideogramas e seus traços têm um sentido, existe uma lógica por trás do mandarim. Neste post, quero discutir tudo que aprendi sobre essa lógica e compartilhar algumas dicas que me ajudaram em meus estudos. ​Com este guia em mãos, você estará mais preparado para enfrentar os desafios da escrita chinesa, especialmente quando se trata do HSK.​ Vamos lá?

Um pouquinho sobre a história da escrita chinesa

Embora existam controvérsias sobre as origens de um sistema de escrita por trás dos fragmentos de cerâmicas encontrados na vila de Ban Po (ocupada entre 4500 e 3750 a.C.), a maioria das pesquisas aponta que a escrita chinesa começou a ser desenvolvidos durante a Dinastia Shang (1600 – 1046 a.C.). 

O que é fascinante é perceber como essa forma de comunicação se manteve até os dias de hoje, adaptando-se às necessidades da sociedade chinesa. Já falamos sobre a história da escrita chinesa aqui no blog, onde você pode descobrir mais sobre a evolução dos ideogramas.

Começando pelo básico: O que é o Pinyin?

O Pinyin é o sistema de romanização que representa a pronúncia do mandarim em letras do alfabeto latino. Ele é uma ferramenta incrível para quem está começando, pois permite entender como os caracteres devem ser pronunciados. 

Antes de mergulhar nos ideogramas, é fundamental entender o que é o Pinyin. Se é a primeira vez que você ouve essa palavra, sugiro que você confira o artigo Primeiros Passos no Mandarim: Introdução ao Pinyin.

Por exemplo, a palavra “mãe” em chinês é escrita como “妈妈” e pronunciada como “māmā” no Pinyin. Assim, o Pinyin funciona como um guia inicial para a pronúncia, permitindo que você se familiarize com os sons do mandarim enquanto aprende os ideogramas.

Como funciona a escrita chinesa?

A escrita chinesa é formada por ideogramas, símbolos que representam ideias ou objetos, em vez de sons, como ocorre no alfabeto latino. Embora cada ideograma seja único, ele pode ter diferentes leituras ou significados, dependendo do contexto, o que pode torná-lo desafiador à primeira vista. 

A boa notícia é que muitos ideogramas são compostos por radicais, elementos que funcionam como “pistas” para o significado ou a pronúncia do caractere, facilitando o aprendizado. Para entender mais sobre os caracteres básicos e como eles são formados, confira o blog “Caracteres chineses básicos para estudantes iniciantes”.

O que são os radicais chineses? Como estudá-los?

Os radicais são componentes fundamentais dos ideogramas e são essenciais para entender suas significações. Há mais de 200 radicais, mas, para o HSK1, você deve se concentrar nos principais radicais que aparecem frequentemente nos caracteres que você encontrará.

Estes alguns dos radicais que são ensinados no HSK1:

口 (kǒu): boca

日 (rì): sol

月 (yuè): lua

人 (rén): pessoa

A prática de identificar esses radicais dentro dos ideogramas facilitará muito sua compreensão e memorização. Uma dica é criar cartões de memória com o radical de um lado e exemplos de ideogramas que o contém do outro. Explore os materiais do Clube de Chinês para praticar a escrita correta.

Para saber mais sobre como aproveitar os radicais na sua aprendizagem, leia o artigo “O que são os radicais na escrita chinesa?”.

Como memorizar os ideogramas e suas pronúncias?

Memorizar ideogramas não precisa ser um bicho de sete cabeças. Aqui vão algumas dicas práticas:

Visualização: Tente associar os ideogramas a imagens que representem seu significado. Por exemplo, o ideograma de “fogo” (火, huǒ) pode ser visualizado como um desenho do fogo.

Repetição Espacial: Aprenda a escrever os ideogramas várias vezes, prestando atenção aos traços e à ordem correta. Essa abordagem é vital, pois a escrita correta é fundamental, especialmente para o HSK.

Uso do Pinyin: Sempre que aprender um novo caractere, pratique juntamente sua pronúncia em Pinyin. Isso reforça a memorização das duas informações.

Prática Regular: Dedique um tempo diariamente para revisar ideogramas. Consistência é a chave para a memorização. O uso de materiais visuais, como a Caixa Mágica do Clube de Chinês, pode ser um excelente complemento para o aprendizado.

Escrita chinesa para o HSK1: Caixa Mágica do Clube de Chinês

Olha como pode ser divertido e simples com o uso da nossa Caixa Mágica.

Rei + Filho = Príncipe

Como praticar a escrita chinesa para o HSK?

Para se preparar efetivamente para o HSK, aqui estão algumas estratégias:

Simulados e Exercícios: Utilize recursos online para fazer simulados da prova do HSK. Muitos sites oferecem questões práticas que podem ajudá-lo a se familiarizar com o formato da prova.

Leitura: Comece a ler textos simples em chinês, como diálogos ou histórias voltadas para iniciantes. Isso ajudará a contextualizar os ideogramas e a entender como são usados.

Escrita Diária: Pratique a escrita de um diário em chinês. Isso permitirá que você use os ideogramas que aprendeu em situações do dia a dia e solidifique seu conhecimento.

Começar a estudar a escrita chinesa pode parecer desafiador, mas lembre-se que tudo começa pelo básico! Aprender os radicais chineses, praticar a escrita correta dos ideogramas e utilizar o Pinyin como ferramenta auxiliar são passos fundamentais para sua jornada.

Continue explorando mais conteúdos e recursos do Clube de Chinês sobre o HSK e a escrita chinesa. Temos muito a oferecer para fazer do seu aprendizado uma experiência gratificante e de sucesso, eu me despeço por aqui e até o próximo blog com mais dicas.

再见!

Natália 言文丽

Brasileira natural de Iacri-SP. Bacharel em Engenharia de Biossistemas pela UNESP, atualmente mestranda no programa de Modern Chinese Studies na universidade Shanghai Jiao Tong University (SJTU) em Xangai, na China, com pesquisas na área de filosofia chinesa e educação. Professora de idiomas com cerca de 13 anos de experiência.

Posts Similares

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *